O PARAISO DOS PAPAGAIOS
A diversão era tomar banho no rio, montar a cavalo até que o facão do espinhaço do animal ferisse o traseiro, empinar papagaio, com a única intenção de disputar alturas e colorir o azul do céu com outras cores, mais cores, muito mais cores, na tentativa inútil de formar um arco-íris de papagaios. Mais havia muito mais E não era somente crianças que participavam deste encanto de colagens em movimento.
Havia muitos adultos com papagaios imensos e o resultado era sempre o mesmo, onde ganhavam todos e o prêmio eram as alegrias vividas, as lembranças, comentários posteriores e as gargalhadas conseqüentes de tantas ocorrências ingênuas e pitorescas. Papagaios recolhidos, papagaios perdidos, papagaios que fugiram do domínio do seu dono e se foram virarem estrelas lá no céu, papagaios de muitas viagens, idas e vindas aos céus, pendurados e esquecidos em fios elétricos, escondidos nos canaviais, em todas as partes, e a vida era um sonho com uma imensa cauda de pedaços de pano pendurados no céu.
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